segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

EX- PADRE


EX-PADRE, UM NOVO SACERDÓCIO
                                                                                                              
Por Jamierson Oliveira

 

Depois de doze anos de estudo no Seminário da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, José Barbosa de Sena Neto foi ordenado padre em 1971. Por mais de 22 anos, exerceu o sacerdócio católico no Estado de São Paulo nas cidades de Bauru, Santo André e São Caetano do Sul, além do Sertão Central do Estado do Ceará. Hoje, com 56 anos, é convertido ao evangelho, pastor batista, com bacharelado em teologia, licenciado em filosofia e pedagogia e mestrado em Teologia Pastoral.


Como conferencista e apologista, exerce seu ministério de forma itinerante e, por meio de seu livro, Confissões surpreendentes de um ex-padre (ver pg. 47), relata seu testemunho.
Casado e pai de dois filhos, reside em Fortaleza (CE), de onde concedeu,
por e-mail, a seguinte entrevista à Defesa da Fé

Defesa da FéEnquanto padre convicto o senhor teve contato com algum outro padre já convertido?
José Barbosa – Fui um terrível perseguidor do povo de Deus. O ex-padre que já dorme no Senhor Aníbal Pereira dos Reis, se fosse vivo, poderia testemunhar o quanto foi perseguido por mim. Não se esqueça que exerci o sacerdócio no interior, na região do Sertão nordestino, terra do “Padim Padi Ciço”, conhecida em todo o Brasil pelo seu fanatismo idólatra.

Defesa da FéQuais são as implicações acarretadas ao padre que abandona a batina, ou seja, que rompe com o catolicismo?
Barbosa – O padre que descobre a verdade, tendo consciência de que precisa abandonar suas práticas pagãs e idólatras até então exercidas e defendidas, assusta-se com as dificuldades da mudança de vida e, fora das asas da sua igreja, teme ser desprezado pelos companheiros, teme os obstáculos sociais impostos pela sociedade, teme não conseguir nova inclusão social e ser considerado como renegado por ter deixado de cumprir com os juramentos feitos. Alguns, sem coragem suficiente, caem no indiferentismo, passando a exercer o seu ministério sacerdotal hipocritamente, sabendo que estão ensinando doutrinas nas quais não mais acreditam, celebrando “missas” sem valor algum. Mas os corajosos e verdadeiramente convertidos, lavados e remidos pelo sangue do Senhor Jesus, derramado na cruz do Calvário, renunciam a todo conforto material e a todas as vantagens outrora usufruídas e passam a viver na total dependência do Senhor, colocando-se, desse modo, no centro da vontade de Deus, a qual nunca falha!

Defesa da Fé O senhor chegou a experimentar esse indiferentismo por muito tempo? Testemunhou esse tipo de confissão entre seus companheiros de sacerdócio?
Barbosa – Evidentemente! Tive medo, muito medo de sair da Igreja Romana pelo pavor de vir a passar fome e receber o desprezo dos colegas. E, em razão disso, fui tomado por um indiferentismo quase doentio, não me importando mais com as coisas sérias da vida. Por outro lado, constatei que alguns de meus ex-colegas, ao tomarem um pouco do conhecimento da verdade do evangelho, também estavam mergulhados nesse indiferentismo, vivendo numa depressão incrível, mas, em razão da idade, já um tanto avançada de alguns, não encontravam forças suficientes para se libertarem do manto do romanismo.

Defesa da FéComo se comportam os teólogos da Igreja Romana, uma vez que tudo é controlado? 
Barbosa – Os teólogos católicos têm o direito de estudar, questionar e até mesmo apresentar assertivas e opiniões diferentes do que está estabelecido como doutrina oficial. Mas cada interpretação ou comentário particular para ser reconhecido precisa estar emaranhado das idéias dos concílios e encíclicas pastorais da igreja de Roma. Apresentar as obras desses homens sem um entrelaçamento nas bases do romanismo é muito complexo. Tenho a mais absoluta certeza de que esta revista, há muito tempo, vem sendo analisada por um determinado órgão da cnbb.

Defesa da Fé Como enxerga o aparente desejo de algumas vertentes católicas em se unir com os evangélicos?
Barbosa – O documento Dominus Iesus, elaborado e assinado pelo “todo-poderoso” Cardeal Joseph Ratizinger, prefeito da Congregazione per la Dottrina della Fede [Congregação para a Doutrina da Fé — ex-Santo Ofício] expressa abertamente: “sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja”. Esta declaração recebeu a ratificação do Papa João Paulo II em 16/06/2000 e foi oficializada pela tal Congregação em 06/07/2000, deixando explícita a dissimulação do ecumenismo. O documento reza: “Existe, portanto, uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele”. Diante dessas declarações do cardeal Ratizinger, o verdadeiro executivo das decisões romanas hoje, em que conclusão podemos chegar?

Defesa da Fé Hoje, não há como negar o crescimento do Movimento de Renovação Carismática dentro da Igreja Católica. Como o senhor avalia esse movimento?
Barbosa – A cnbb nunca aprovou tal movimento, apenas o tolera, com olhos de profunda suspeita. Daí a existência do Documento 53 da cnbb, sobre Orientações Pastorais a respeito da Renovação Carismática Católica, elaborado por ocasião da 34ª Reunião Ordinária do Conselho Permanente, ocorrido entre 22 e 25 de novembro de 1994, em Brasília, df, disciplinando o referido movimento. Liderado por padres jesuítas, não se enganem os descuidados, o mrcc é tão-somente uma tentativa de barrar o crescimento das igrejas evangélicas, principalmente o crescimento fenomenal das igrejas pentecostais e o assombroso crescimento das igrejas neopentecostais, que tem assustado de forma mortal o catolicismo romano em solo pátrio.

Defesa da Fé Outro fenômeno é o padre Marcelo Rossi. Na sua opinião, o que ele representa para o catolicismo, hoje?
Barbosa – A cnbb não apóia o referido sacerdote; apenas o tolera e o usa para tentar segurar a revoada de católicos de seus arraiais. Ele não é carismático na expressão do termo, pois nunca ninguém, até hoje, o ouviu pregando uma mensagem tipicamente carismática, mas ele tem servido aos interesses dos bispos católicos para tentar trazer de volta os “católicos rebeldes”, hoje evangélicos, aos braços papais, usando a força da mídia, cantando hinos “evangélicos” em suas “megamissas-show”, deixando transparecer aos menos avisados que hoje não precisamos deixar a “mãe-igreja”, “porque o que os irmãos evangélicos têm, nós temos também...”. Tudo não passa de uma estratégia da Igreja Romana para tentar manter sua hegemonia maléfica.

Defesa da Fé Qual é a sua avaliação sobre a possibilidade de um brasileiro assumir o papado? Poderíamos prever a extensão de sua influência em nossa nação?
Barbosa – Houve-se falar, por detrás dos bastidores, de alguma re-mota possibilidade de d. Cláudio Hummes, atual bispo arquidiocesano e cardeal de São Paulo, vir a ser eleito futuro papa. Mas remota possibilidade, repito. O que se verifica, atualmente, é uma movimentação articulada para a escolha política de um cardeal italiano para substituir João Paulo II. Não resta a menor sombra de dúvidas de que, caso eleito, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes teria alguma influência em nossa nação, mas não tão acentuada agora como se ocorresse em épocas áureas da Igreja Romana em nossa pátria, a qual, sem lentes de aumento, qualquer cidadão observador poderá verificar que ela caminha a passos largos para uma cada vez mais acentuada decadência e descrédito, por culpa do mau comportamento de seu próprio clero. O povo brasileiro não mais perdoa tantos descalabros vergonhosos ocorridos, recentemente, no seio da Igreja de Roma. 

Fonte: revista "Defesa da Fé"

QUANDO SE É FERIDO


                Quando se é ferido
                   
De um jeito ou de outro, todos nos ferimos. Estamos todos no mesmo bote. Até as multidões cheias de riso e de ôba-ôba se machucam. Tentam esconder a dor com bebidas e brincadeiras - mas ela não se vai.

Quem se fere? Os pais de um filho ou uma filha esbanjadores, pródigos. Milhões de pais são feridos profundamente por um filho que rejeita seus conselhos. Pais amorosos sofrem pela decepção e delinqüência do filho, que antes era amoroso e bom.

As vítimas dos lares partidos estão feridos. A esposa abandonada, foi rejeitada pelo marido por outra mulher. O esposo que perdeu o amor da esposa. As crianças que perderam sua segurança.

Outros sofrem de enfermidades. Câncer, problemas de coração e uma multidão de outras doenças humanas. Ouvir do médico: “Você está com câncer - você pode morrer!” é aterrador. Em verdade, muitos dos que estão lendo esta mensagem experimentaram esta dor e esta agonia.

Namorados rompem. Um garoto ou uma garota vai embora, pisando em cima daquilo que já foi um belo relacionamento. Só resta um coração partido, ferido.

E os desempregados? Os desanimados, cujos sonhos morreram? Os presos? O encarcerado? O homossexual? O alcoólatra?

É verdade! De um jeito ou de outro - todos nos machucamos. Cada pessoa na terra carrega sua própria carga de dor e de mágoa.

Não Há Cura Física

Quando a dor é profunda, ninguém nesta terra consegue interromper os medos íntimos e a mais profunda das agonias. Nem o melhor dos amigos pode entender na realidade a batalha que você está enfrentando, ou as feridas que lhe foram impostas.

Só Deus pode deter as ondas de depressão, e a sensação de solidão e de fracasso que caem sobre você. Unicamente a fé no amor de Deus pode libertar a mente ferida. O coração ferido e partido que sofre em silêncio, só pode ser curado por uma obra sobrenatural do Espírito Santo - e nada menor que a intervenção divina realmente funciona.

Deus tem de intervir e assumir o controle. Ele tem de deter o andamento de nossas vidas quando chega o ponto de rotura; e esticando Seus braços amorosos, trazer para a Sua proteção e Seu cuidado, aquele corpo e aquela mente feridos. Deus tem de surgir como Pai cuidadoso, e demonstrar que está presente, fazendo com que as coisas resultem no bem. Ele precisa, através de Seu próprio poder, dispersar as nuvens carregadas, afastar o desespero e a amargura, enxugar as lágrimas - e substituir o sofrimento pela paz de espírito.

Por Que Eu - Senhor?

O que machuca mais é que você sabe que seu amor por Deus é grande - contudo, parece que não dá para entender o que Ele está tentando produzir na sua vida. Você iria entender o porquê de as orações não serem atendidas, se fosse frio em relação ao Seu amor. Caso estivesse fugindo de Deus, provavelmente entenderia porque as provações e os severos julgamentos continuam chegando. Se fosse um pecador derrotado, que despreza as coisas de Deus, você poderia chegar a pensar que merecesse um sofrimento atroz. Mas você não está fugindo; não está rejeitando-O de nenhuma maneira. Você anseia cumprir Sua perfeita vontade; deseja ardentemente servi-lO com tudo que há em você. E é isso que faz com que sua dor seja tão debilitante. Faz você achar que há alguma coisa muito errada consigo. Você questiona a sua profundidade espiritual; e às vezes, até questiona a sua sanidade mental. De algum lugar lá no fundo, uma voz sussurra: “Talvez eu tenha algum defeito! Vai ver que estou sofrendo tanto porque Deus não vê nada de bom em mim! Devo estar tão fora da Sua vontade, que Ele tem de me disciplinar para me tornar obediente.”

Os Amigos Se Esforçam Muito Para Ajudar

Um coração machucado ou partido causa a dor mais lancinante conhecida pelo homem. A maioria das outros sofrimentos humanos são só físicos. Mas um coração ferido, carrega uma dor que é ao mesmo tempo física e espiritual. Os amigos e os queridos podem ajudar a amenizar a dor física de um coração partido. Quando estão lá, sorrindo, amando e cuidando, a dor física se atenua, e há um alívio passageiro. Mas a noite cai, e com ela vem o terror da agonia espiritual. A dor sempre piora à noite. A solidão cai como uma nuvem quando o sol desaparece. O sofrimento explode quando você está sozinho, tentando entender como se confrontar com as vozes e os temores interiores que continuam vindo à tona.

Os seus amigos, que realmente não compreendem o que você está enfrentando, oferecem todos os tipos de solução fácil. Ficam impacientes com você. Estão muito felizes e despreocupados na ocasião, e não entendem por que você simplesmente não “sai dessa”. Suspeitam que você esteja se entregando à autocomiseração. Ficam lembrando que o mundo está repleto de pessoas desanimadas e feridas, que sobreviveram. O mais comum, é que desejem orar aquela oração “que se faz uma única vez, cura tudo, resolve tudo”. Mandam você “liberar a fé, reivindicar uma promessa, confessar a cura, e sair do desespero.”

Tudo isto está certo e é bom, mas é uma pregação que geralmente vem de cristãos que nunca conheceram muito sofrimento em suas próprias vidas. São como as “babás” de Jó, que tinham todas as respostas - mas que não conseguiram aliviar a sua dor. Jó disse o seguinte sobre eles: “vós todos sois médicos que não valem nada”. Graças a Deus pelos amigos bem intencionados, mas se eles experimentassem a sua agonia só por uma hora, iriam mudar a conversa. Se estivessem em seu lugar só um pouquinho, sentindo o que você sente, vivendo a dor íntima que está carregando, lhe diriam: “Como você agüenta? Eu não suportaria isto.”

O Tempo Não Resolve Nada!

E existe a velha frase: “o tempo resolve tudo.” Dizem para você agüentar um pouco, sorrir, e esperar que o tempo anestesie a sua dor. Mas tenho a suspeita de que todas as regras e as frases sobre solidão são cunhadas por pessoas felizes e saudáveis. Soam bem - mas não é verdade. O tempo não resolve nada - só Deus resolve.

Quando você está ferido, o tempo só amplia a dor. Os dias e as semanas se arrastam e a agonia insiste. A dor não cessa, não importa o que diga o calendário. O tempo pode abafar a dor no interior da mente, mas uma mínima lembrança pode trazê-la à tona.

Na verdade, nem ajuda muito saber que cristãos sofreram antes de você, ao longo da história. Você se identifica com o sofrimento dos personagens bíblicos que sobreviveram à terríveis experiências de dor. Mas saber que outros enfrentaram enormes batalhas não acalma a dor do seu peito. Ler como saíram vitoriosos de suas batalhas - e você ainda não conseguiu isto - só aumenta a dor. Faz você achar que eles estavam muito próximos de Deus para receber tamanhas respostas às suas orações. E faz com que se sinta sem valor diante de Deus, pois seus problemas continuam, apesar de todos seus esforços espirituais.

Problema Em Dobro

Raramente
as pessoas se machucam só uma vez. A maioria dos feridos pode lhe mostrar outros machucados também. É dor em cima de dor. Um coração partido, geralmente é sensível, frágil. É facilmente magoado porque não é protegido por uma casca dura. A brandura é confundida com vulnerabilidade pelo coração de casca dura. O silêncio é interpretado como fraqueza. Entrega total de si mesmo é tomada por “atitude muito drástica”. O coração que não teme admitir sua necessidade de amor, é mal interpretado como “muito direcionado ao sexo.”

Segue-se, então, que um coração sensível que busca amor e compreensão, em geral é o mais fácil de ser partido. Corações abertos e que confiam, geralmente são mais machucados. O mundo está cheio de homens e mulheres que rejeitaram o amor oferecido por um coração suave e terno. Os corações fortes, cobertos por carapaça dura e que não confiam em ninguém, corações que dão muito pouco - corações que exigem que o amor constantemente lhes seja provado - corações calculistas - corações que sempre manipulam e cuidam só de si - corações que temem correr riscos, estes corações raramente se partem. Não se ferem porque não há o que os fira. São muito orgulhosos e muito egoístas para permitir que alguém os faça sofrer de alguma maneira. Eles saem ferindo o coração dos outros e atropelando as almas frágeis que tocam suas vidas - simplesmente porque são tão compactos e embotados em seus corações, que acham que todos deveriam ser como eles. Corações duros não gostam de lágrimas. Detestam se comprometer. Sentem-se sufocados quando lhes pedem para compartilhar seus próprios corações.

Os Ofensores Não Saem Fácil !

Parte da dor que um coração ferido tem de agüentar é saber que o ofensor, o agressor, sai impune. O coração diz: “Eu fui o ofendido e o ferido, e mesmo assim, tenho de pagar o preço. O ofensor fica livre, em vez de pagar pelo que fez.” Este é o problemas das cruzes - geralmente crucificam a pessoa errada. Mas Deus guarda os livros, e no dia do Juízo, os livros serão avaliados. Mas mesmo nesta vida, os ofensores e os que ferem as pessoas pagam um alto preço. Não importa como tentem justificar seus atos ofensivos, não podem secar o choro daqueles a quem ofenderam. Como o sangue de Abel que clamava da terra, o grito de um coração machucado pode penetrar a barreira do tempo, do espaço, e aterrorizar o mais duro dos corações. As dores geralmente são produzidas por mentiras claras. E todo mentiroso com o tempo é levado à justiça.

Haverá um bálsamo para um coração ferido? Haverá cura para aquelas feridas profundas, interiores? Será que os pedaços podem novamente ser juntados, e o coração se tornar ainda mais forte? Será que a pessoa que conheceu uma dor e um sofrimento tão terrível, pode se levantar das cinzas da depressão e encontrar uma nova maneira de viver, mais poderosa? Sim! Definitivamente sim! Caso não fosse assim, a palavra de Deus seria uma piada e o próprio Deus seria um mentiroso. E não é assim!

Quero compartilhar com você alguns pensamentos simples, sobre como lidar com a sua dor.

1. Pare de Tentar Descobrir Como e Por Que Você Foi Ferido!

O que lhe aconteceu se trata de um sofrimento muito comum na humanidade. O seu caso não é o único. Pertence à natureza humana . Neste ponto, não adianta nada saber se você estava certo ou errado. O importante agora é a sua disposição de prosseguir em Deus, e de confiar em Suas misteriosas operações na sua vida.

A Bíblia diz: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma cousa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (I Pedro 4: 12-13).

Deus não prometeu um modo de vida desprovido de dor. Prometeu “um escape” (livramento). Prometeu ajudar a tolerar a sua dor; força para novamente lhe colocar em pé, quando a fraqueza lhe deixa tonto.

Muito provavelmente, você fez o que era preciso. Moveu-se dentro da vontade de Deus - seguindo o coração com honestidade. Você ingressou nela de coração aberto, desejando dar-se de si. O amor foi a sua motivação. Você não interrompeu a vontade de Deus - outra pessoa o fez. Se isto não fosse verdade, você não seria a pessoa que está sofrendo tanto. Você está sofrendo por tentar ser honesta.

Você não consegue entender porque as coisas explodiram na sua cara, quando parecia que Deus estava guiando tudo. O seu coração fica perguntando: “Prá começar, por que Deus permitiu que eu entrasse nesta, sabendo que nunca iria dar certo?” Mas a resposta é clara. Judas foi chamado pelo Senhor. Estava destinado a ser um homem de Deus. Foi escolhido à mão pelo Salvador. Poderia ter sido poderosamente usado por Deus. Mas Judas abortou o plano de Deus. Partiu o coração de Jesus. Aquilo que havia se iniciado como um belo e perfeito plano de Deus, terminou em desastre, porque Judas escolheu os seus próprios caminhos. O orgulho e a teimosia destruíram o plano de Deus em ação.

Então, lance fora as suas culpas. Pare de se condenar. Pare de ficar tentando descobrir o que fez de errado. O que conta realmente para Deus é o que você está pensando neste instante. Você não errou - o mais provável é que simplesmente tenha dado em excesso. Como Paulo, você deve dizer: “...(Eu) amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Coríntios 12:15).

2. Lembre-se de Que Deus Sabe Exatamente
o Quanto Você Pode Agüentar -

E Não Permitirá Que Chegue
ao Ponto de Explodir!

O nosso Pai amoroso diz: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (I Coríntios 10:13).

A maior das blasfêmias é imaginar que Deus esteja por trás do seu sofrimento e da sua dor; que se trata da disciplina do Pai celestial; que Deus ache que você precisa de mais um ou dois ofensores antes que esteja pronto para receber Suas bênçãos. Não é assim!

É verdade que Deus corrige a quem ama. Mas essa correção é só por um período, e não deve nos machucar. Deus não é o autor da confusão em sua vida. Nem você. É a falência humana. É o inimigo semeando ervas daninhas no campo do seu esforço. Trata-se do engano dentro de outra pessoa perto de você, pessoa essa que perdeu a fé em Deus. O inimigo tenta nos agredir através dos outros seres humanos, assim como tentou agredir Jó através da esposa incrédula.

O seu Pai celeste cuida de você com um olho que não pisca. Cada movimento é acompanhado. Toda lágrima é pesada. Ele Se identifica com cada uma de suas dores. Sente cada machucado. E sabe quando você foi exposto à excessiva perturbação por parte do inimigo. Intervém e diz: “Chega!” quando o ferimento e a dor deixam de levá-lo mais próximo do Senhor - quando, em vez disto, começam a rebaixar sua vida espiritual. Deus assume. Não permitirá que um confiante filho seja rebaixado devido ao excesso de dor e agonia na alma. Quando a mágoa começa a agir em favor de uma desvantagem sua, quando começa a atrasar o seu crescimento, Deus age para colocá-lo acima das batalhas por um tempo. Nunca permitirá que você se afogue em lágrimas. Não permitirá que a dor deteriore sua mente. Ele promete chegar na hora certa, para enxugar as suas lágrimas e lhe dar alegria em lugar do pesar. A palavra de Deus diz: “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5).

Raquel Fragoso
São Bernardo do Campo

INDIFERENÇA


                                 Indiferença !
 
“Senhor, levanta sobre nós a luz do teu rosto. Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho.” (Salmos 4:6-7.)

Existem pessoas que passam pela vida sem experimentar o saudável crescimento como indivíduos e seres relacionáveis, interpessoais. Faltam-lhes motivação, interesse, vontade, entusiasmo e muitas outras coisas. Falta-lhes vida na sua vida

Essas pessoas vivem e se relacionam com indiferença. É um modo de vida perigoso e tão grave que as leva à total falta de concentração. Começam bem as coisas, mas o tempo revela as lutas que fazem parte da caminhada de todo ser humano. Então, como não têm interesse real em nada que esteja fora de si mesmas, que não reforce o seu narcisismo, desistem facilmente, assim é mais cômodo. Por que isso acontece? Esse problema é uma doença e, como toda doença, tem uma causa, uma raiz, que neste caso se chama EGO – o nosso “eu”, quem realmente somos. Se ele não estiver submisso a Deus, viveremos administrando problemas e mais problemas.

Todos nós temos um âmago – o centro, o coração. Não me refiro ao coração que bombeia o sangue, este é o centro do corpo, mas não somos apenas corpo, temos alma e espírito. Para alcançarmos equilíbrio, Deus deve ocupar o âmago da nossa vida – a nossa essência, o nosso espírito. Devemos dar-lhe a posse do nosso “eu”, nossa alma.

Infelizmente, alimentar o ego tem sido o caminho escolhido por muitos, que sofrem as conseqüências dessa escolha, embora não se dêem conta desta relação de causa/efeito. A grosso modo, o ego é dominado, ou no mínimo manipulado, pelo princípio do prazer e pelo desejo impulsivo. Por isso o ego insubmisso a Deus suga a vida do indivíduo, que centrado em si mesmo, perde a riqueza do compartilhar. Daí o adjetivo “egoísta” – ego + ista. O sufixo "ista" é usado para qualificar um indivíduo, mostrando-o como seguidor de um sistema determinado. O ego+ista é o seguidor de si mesmo. E uma pessoa centrada nela mesma é infeliz e solitária, seus relacionamentos são superficiais, tratados com desprezo, uma vez que ela se volta inteiramente para suprir suas múltiplas carências Isso é contra-vida, porque fomos criados por Deus para viver em comunidade, servindo-nos uns aos outros em amor.

O egoísta despreza os próprios sonhos e não tem prazer em viver, porque o sentido da vida – que é Deus – não domina o seu âmago. O ego é soberano. Por isso tantos fracassados, desistentes, desanimados, tristes, abatidos, sem força, sem entusiasmo.

Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10.) Se isso lhe tem faltado, clame agora e peça a Ele que ocupe o centro da sua vida. Dê a Jesus o cetro em sua existência e ganhe uma nova vida com sentido e prazer. Faça isso agora. Jesus é a vida!

Pr. Wellington Buchacra

PERDÃO

                           A Importância do Perdão 
   
Luisinho entra em casa fulo da vida. Seu pai, que estava indo para o quintal para trabalhar na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Luís, que tem oito anos de idade, o acompanha, desconfiado. Antes que seu pai diga alguma coisa, o menino fala, irritado: 

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim pra ele.
Seu pai escuta calmamente o filho, que continua a reclamar: 

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso. Gostaria que ele ficasse muito doente, sem poder sair de casa. 

O pai escuta calado, enquanto caminha até um depósito onde guarda um saco cheio de carvão. Levou, então, o saco até o fundo do quintal. O menino o acompanhou, calado. Luís vê o saco ser aberto e, antes mesmo de fazer uma pergunta, o pai lhe propõe: 

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e que cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. 

O menino achou que essa seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Mas o menino não desistiu enquanto não esvaziou o saco de carvão. Depois de uma hora, o menino terminou a tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, se aproximou do menino e lhe perguntou: 

- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai e, no quarto, é colocado na frente de um grande espelho. Que susto! O menino está tão sujo de carvão que mal pode enxergar os dentes. O pai, então lhe diz ternamente: 

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou? Mas olhe só o estado em que você ficou!!! O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre grudados em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino. 

"Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete." Mt 18:21-22

RESSENTIMENTO


Como Lidar Com o Ressentimento
Existe alguém na sua vida que o magoa sem razão, que até mesmo o prejudica sem motivo? Às vezes lhe parece impossível superar isso, por causa da incompatibilidade de gênios e a situação o incomoda e irrita? Se for o caso, o que você vai fazer?
Um tempo atrás tive que conviver com alguém assim porque as pessoas estavam morando na nossa casa. Era uma pessoa ríspida e mal-educada, com mau gênio, que sempre “estourava” com a mínima coisa.  Era uma provação constante, e muito difícil! Algumas vezes eu só queria lhe dizer umas boas verdades!
Finalmente comecei a buscar mais o Senhor sobre o assunto, e a lançar o fardo todo sobre Ele. Pensei comigo mesma, se Cristo vive em mim, então Ele pode superar esse espírito e ajudar-me a não querer revidar. Assim não ficaria tão magoada com essa situação! Bem, quando cheguei totalmente ao limite, coloquei-me nas mãos do Senhor.
 Eu disse: “Senhor, não tenho condições de obter uma vitória completa e amar esta pessoa como deveria. A minha natureza se interpõe nesse caminho, mas a Sua natureza, o Seu amor e o Seu Espírito podem superar tudo isso”. Entreguei tudo nas mãos de Deus de forma definitiva, total, e depois a pessoa sofreu uma grande mudança!

Uma noite eu estava agradecendo ao Senhor pela mudança, porque foi uma maravilhosa resposta à oração. Foi realmente um milagre! Eu estava agradecendo ao Senhor e o Espírito Santo sussurrou no meu coração, e achei que foi o Senhor mostrando o Seu senso de humor. Ele disse: “Bem, Eu não só mudei o comportamento da pessoa, mas mudei um pouquinho o seu também!” É exatamente isso que acontecerá na sua vida se entregar situações assim a Deus.

Então, o que você vai fazer sobre essas situações, de acordo com a Palavra de Deus? Bem, apresento aqui alguns versículos. A Palavra de Deus diz: “Não retribua a ninguém mal por mal” (Romanos 12:17). E falando sobre Jesus diz: “Quando [Ele] foi injuriado, não injuriou” (1 Pedro 2:23). “Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com o mal” (1 Tessalonicenses 5:15), e “Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem” (Romanos 12:21).
São preciosas admoestações que encontram-se na Palavra de Deus! Vencer o mal com o bem? Como? Demonstrando amor pela pessoa. Fazendo-lhe um favor. Tomando iniciativa e mencionando algo que admira na pessoa! Talvez ela precise de amor, ou talvez queira que alguém converse com ela e lhe demonstre amor. A pessoa com certeza tem alguma característica digna de ser admirada. 

—“Meditation Moments,” [Momentos de Meditação] programa evangélico de rádio de Virginia Brandt Berg (mãe de David Brandt Berg)

Acho que há ocasiões quando todos nós nos deparamos com pessoas difíceis com quem temos uma certa dificuldade. Quando isso acontecer, em vez de permitir-lhes nos deixar impacientes e irritados, seria bom lembrarmo-nos das palavras do grande pregador C. H. Spurgeon: “Essas pessoas só podem ter sido mandadas ao mundo não para que eu salve suas almas, mas para que elas disciplinem a minha!”
—Francis Gay